O orçamento total dos bancos brasileiros destinados à tecnologia, englobando despesas e investimentos, deverá atingir, em 2022, R$ 35,5 bilhões, um avanço de 18% em relação ao do ano passado, que somou R$ 30,1 bilhões, revela a 2ª etapa da Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária 2022, realizada pela Deloitte.
Essa estimativa foi calculada com base nos valores indicados pelos bancos participantes da amostra, que pela primeira vez, não foi divulgada por meio de coletiva de imprensa, mas apenas por um comunicado oficial da entidade que representa os bancos. O CIAB Febraban 2022 acontecerá de 09 a 11 de agosto, em São Paulo.
O valor do orçamento de 2021 já representou um incremento de 13% em relação aos R$ 26,6 bilhões orçados em 2020 (valores atualizados). No ano passado, apenas os investimentos em tecnologia feitos pelo setor bancário cresceram 27% em relação ao ano anterior e passaram de R$ 8,9 bilhões para R$ 11,3 bilhões, enquanto as despesas nessa área avançaram 6% – de R$ 17,7 bilhões para R$ 18,8 bilhões, totalizando o montante de R$ 30,1 bilhões.
O orçamento para software, como nos últimos anos, esteve no centro das atenções das instituições financeiras em 2021 e somou R$ 17,4 bilhões, ou 58% do total. O avanço no valor foi de 29% ante o ano anterior. Essa ampliação é impulsionada por frentes como Customer Relationship Management (CRM), Open Finance, analytics e big data.
“O resultado reforça o compromisso da indústria bancária no desenvolvimento de novas funcionalidades em serviços e produtos e também está relacionado com a expansão dos canais de atendimento. Algumas frentes têm impulsionado essa ampliação, como a implementação do Open Finance, a crescente digitalização do consumidor e também a modernização do legado tecnológico dos bancos”, avalia Rodrigo Mulinari, diretor do Comitê de Inovação e Tecnologia da FEBRABAN.
O orçamento com hardware ficou com 27% do total; o de Telecom, com 8%. Nesta edição da pesquisa passou a ser incorporada uma nova categoria chamada Serviços de Tecnologia da Informação, que visa destacar os recursos destinados aos prestadores de serviços que contribuem com a aceleração de desenvolvimento e implantações de soluções e monitoramento de resultados. Essa categoria manteve em 2021 a mesma participação no orçamento total de tecnologia dos bancos, em relação ao ano anterior, de 7%.
*Com informações da Febraban- Federação Brasileira de Bancos