O Amazonia 1, primeiro satélite de observação da Terra totalmente feito pelo Brasil, começou, nesta quarta-feira (3), a enviar as primeiras imagens do espaço ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Rastreadores norte-americanos chegaram a informar que o equipamento estava fora de controle, mas segundo o diretor da instituição, Clézio di Nardin, o satélite está em órbita sem apresentar problema. As informações são do G1.
“Não é fato que ele está descontrolado. O lançamento do satélite foi um sucesso. Não há registro de qualquer intercorrência”.
O equipamento já enviou do espaço as primeiras imagens ao Instituto, porém o Amazonia 1 segue em fase de teste, que devem ser concluídos no dia 15 de março. Somente depois desse período, o Inpe terá a primeira imagem oficial feita pelo satélite.
“É uma fase de testes, estamos testando todos os subsistemas do satélite. Bateria, painéis, câmera, liga e desliga, inclusive umas manobrazinhas para colocar ele na órbita precisa dele”, explicou Nardin em entrevista ao G1.
Lançamento do satélite
O Amazonia 1 foi lançado no início da madrugada de domingo (28). Ele foi colocado em órbita pela agência espacial indiana Indian Space Research Organisation (ISRO), no Satish Dhawan Space Centre, em Sriharikota, na Índia.
Em torno de 17 minutos após a decolagem, que foi à 1h54 do horário de Brasília, o satélite foi separado do foguete PSLV-C51 e colocado em órbita a 757 km de altitude, em um ponto próximo da ilha de Madagascar e com direção ao Pólo Sul.
Pouco mais de cinco minutos depois, a abertura do painel solar foi concluída com sucesso. A etapa é importante, pois indica o pleno funcionamento do satélite e garante uma orientação mais precisa dele.
Missão ambiental
O satélite faz parte da Missão Amazonia 1, cujo objetivo é fornecer dados de sensoriamento remoto para monitorar o desmatamento e a agricultura no País. Ele gerará imagens a cada 5 dias e também poderá fornecer dados de um ponto específico em dois dias.
De acordo com o Inpe, o novo satélite possibilitará também o monitoramento da região costeira, de reservatórios de água e de florestas, além de observações de possíveis desastres ambientais.
Com seis quilômetros de fios e 14 mil conexões elétricas, o Amazonia 1 é capaz de observar uma faixa de aproximadamente 850 km com 64 metros de resolução.
Com informações do Diário do Nordeste